domingo, julho 10, 2005

diario de momentos soltos

para compensar a noite anterior, que senti soar muito bem, hoje não sei...
sei que está a ser mais difícil estar aqui, o tempo passa devagar.
posso até escrever...
penso...
há coisas que não percebo... house?... porquê aqui?...
o horário finda aqui, o trabalho prolonga-se...
devia haver uma cortina verde pouco transparente

...o risco de se ser livre é prender-se a coisas pouco convencionais.... tremendamente banalizadas.... (disse)

agora devo ter tido uma visão... acho que a vi, que os vi, é ela mas não é ele, é outro...

substituo-me

estaciono o carro... 27º, 3:20h, marca o mostrador electrónico da farmácia ...Roma?...não, não é essa, é a outra

ela disse que se sentia a tremer, e que isso a fazia sentir-se humana, o que era simpático...

são 10 anos de recordações que se perderam em fios eléctricos...foi um pouquinho dele que também se perdeu...

ela escolhe sempre o lado bonito

depressa e bem tanto bate até que fura (disse ela)

quando o ar se levanta em vento ( disse ele, gostei, senti o vento nas árvores e em mim)

falámos da entrega, das entregas de cada uns, sim, uns

esperei ver o autocarro com velhinhos simpáticos...não passou.... passou um vazio

é estranho...
estou numa casa que conheço bem, rodeada de pessoas que também conheço, e nunca pensei que combinassem
mas o mais natural é que os amigos dos amigos também sejam amigos

sinto-me numa insólita continuação, com as suas personagens de referência
e ele diz: _Apaguem as luzes que parece dia... (isto aconteceu às 7:45)

vou dormir
não quer que eu vá
não compreende que alguém queira sair de um bom momento
acredita que se deva levar ao limite a felicidade, até esta se esgotar
explico-lhe que gosto de sair quando sinto que aquela sensação boa me vai acompanhar, por isso saio para a manter assim
compreende, não concorda
não vou alterar nada...
vou