sexta-feira, janeiro 21, 2005

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

Alexandre O'Neill

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Andei a passear pelos meses do blog...curiosidade inata que hei-de fazer? Quando ja desanimava porque não dizias nada no meu dia de anos, encontro o belo pequerrucho!!!!:) e aquele fantastico poema de O´Neill!

3:27 da tarde  

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