um passo e meio para a frente
um passo para trás
o desânimo volta como volta o sol todas as manhãs
paro
observo
todas as manhãs àquela hora
um zumbido arranca homens e mulheres dos braços uns dos outros
do calor
do sonho e do repouso
filas de trânsito
olheiras de cansaço conduzem os automóveis
dirigem-se para o emprego
quantos se sentem realizados?
na hora de voltar para casa
já escureceu
o jantar
que é igual a tantos outros
parece que a vontade de saborear cada momento se apagou
deve ter ficado para trás com a inocência da inexperiência
é hora de dormir
pq amanhã é preciso trabalhar
não há tempo para conversas nem para carinhos
sozinhos cada um vai percorrendo o seu caminho pelo meio de uma multidão
não há quem nos pegue pela mão
e diga
não
não é este o caminho que quero percorrer
vem comigo por ali...
eu decido-me
vou apanhar aquele comboio
a estação é tão grande!
tantas pessoas!
encontrei a linha
corro até lá com a mochila às costas
chego e já só vejo a última carruagem...
cheguei tarde.... já não o alcanço
ficou tudo silencioso
deixo cair a mochila
o peso nas costas, no peito, no ar, é tão grande!
tremo
respiro pesadamente
não sei se vou chorar
e agora? procuro a saída?
procuro um banco?
um café?
apetece-me fumar....mas não vou conseguir...
aquele comboio é um comboio que só passa uma vez...
volto para trás
um passo para trás
o desânimo volta como volta o sol todas as manhãs
paro
observo
todas as manhãs àquela hora
um zumbido arranca homens e mulheres dos braços uns dos outros
do calor
do sonho e do repouso
filas de trânsito
olheiras de cansaço conduzem os automóveis
dirigem-se para o emprego
quantos se sentem realizados?
na hora de voltar para casa
já escureceu
o jantar
que é igual a tantos outros
parece que a vontade de saborear cada momento se apagou
deve ter ficado para trás com a inocência da inexperiência
é hora de dormir
pq amanhã é preciso trabalhar
não há tempo para conversas nem para carinhos
sozinhos cada um vai percorrendo o seu caminho pelo meio de uma multidão
não há quem nos pegue pela mão
e diga
não
não é este o caminho que quero percorrer
vem comigo por ali...
eu decido-me
vou apanhar aquele comboio
a estação é tão grande!
tantas pessoas!
encontrei a linha
corro até lá com a mochila às costas
chego e já só vejo a última carruagem...
cheguei tarde.... já não o alcanço
ficou tudo silencioso
deixo cair a mochila
o peso nas costas, no peito, no ar, é tão grande!
tremo
respiro pesadamente
não sei se vou chorar
e agora? procuro a saída?
procuro um banco?
um café?
apetece-me fumar....mas não vou conseguir...
aquele comboio é um comboio que só passa uma vez...
volto para trás
7 Comments:
Jobein...Nada se repete! Outro virá e quem te garante que nao será melhor ;)
;)
palavras amigas
e mt certas!
M....l? deixas-me acender o teu cigarro?
(saudade da bila)...
Gorecki
:) é verdade!!!!
Ter a sorte de alguém nos pegar pela mão e levar....
...ou a coragem de procurar o comboio!
O quotidiano pode-nos matar. Corre dele, mas muitos correm para ele.
é mesmo essa a sensação...
Not bad.
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