quinta-feira, setembro 22, 2005







OFÍCIO DE AMAR

Já não necessito de ti
tenho a companhia nocturna dos animais e a
peste
tenho o grão doente das cidades erguidas no
princípio doutras galáxias, e o remorso

um dia pressenti a música estalar das pedras,
abandonei-me ao silêncio
é lentíssimo este amor progredindo com o bater
do coração
não, não preciso mais de mim
possuo a doença dos espaços incomensuráceis
e os secretos poços dos nómadas

ascendo ao conhecimento pleno do deserto
deixei de estar disponível, perdoa-me
se cultivo regularmente a saudade de meu próprio
corpo


Al Berto

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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1:57 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

1:58 da manhã  

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